quinta-feira, 9 de agosto de 2007

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Lua


Mais um dia que acaba e a cidade parece dormir, da janela vejo a luz que bate no chão e penso em te possuir. Noite após noite, há já muito tempo, saio sem saber para onde vou, chamo por ti, na sombra das ruas, mas só a lua sabe quem eu sou. Lua, lua, eu quero ver o teu brilhar, lua, lua, lua, eu quero ver o teu sorrir. Leva-me contigo, mostra-me onde estás, é que o pior castigo é viver assim, sem luz nem paz, sozinho com o peso do caminho que se fez para trás... Lua, eu quero ver o teu brilhar, no luar, no luar. Homens de chapéu e cigarros compridos vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada, mulheres meio despidas encostadas à parede fazem-me sinais que finjo não entender. Loucas são as noites, que passo sem dormir, loucas são as noites. Os bares estão fechados já não há onde beber, este silêncio escuro não me deixa adormecer. Loucas são as noites. Leva-me contigo, mostra-me onde estás, é que o pior castigo é viver assim, sem luz nem paz, sozinho com o peso do caminho que se fez pra trás... Lua, eu quero ver o teu brilhar, no luar, no luar. Não há saudade sem regresso, não há noites sem madrugada, ouço ao longe as guitarras, nas quais vou partir, na névoa construo a minha estrada. Loucas são as noites. Loucas são as noites, que passo sem dormir, loucas são as noites...

Pedro Abrunhosa

quarta-feira, 4 de julho de 2007

terça-feira, 5 de junho de 2007

Ponto de rebuçado



Há meia dúzia de coisinhas
Que eu tenho para te dizer
Podem ser fantasias minhas
Mas isto anda-me a bater

Eu já topei as tuas ancas
E a sapiência do teu peito
Podem ser só as minhas pancas
Mas acabaram dando efeito

E agora o que é que vais fazer?
Vou ficar aqui pendurado
Em ponto de rebuçado?

Há meia dúzia de coisinhas
Que eu tenho para te dizer
Não finjas que são coisas minhas
Mas andas-me a apetecer

Se um dia der para baralhar
As pernas e os sentimentos
Não hesites em me apitar
Eu não guardo ressentimentos

E agora o que é que vais fazer?
Vou ficar aqui pendurado
Em ponto de rebuçado?

sábado, 5 de maio de 2007



- Mas havia uma cura... envolvendo um lindo princípe?

- Claro que havia uma cura, pois o mal deve ser sempre vencido pelo bem.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

e a caixa está....

Imagina que tens uma caixa vazia, na qual podes colocar números naturais. Quando falta um minuto para a meia noite, colocas os números de 1 a 10 e (simultaneamente) retiras o 1; quando falta 1/2 minuto para a meia noite, colocas os números de 11 a 20 e retiras o 2; quando falta 1/3 de de minuto pra a meia noite, colocas os números de 21 a 30 e retiras o 30; e assim sucessivamente...
Quando chegar a meia noite, o que é que está na caixa?

"Outro problema, disse a si mesma, era a imaginação que tinha de ser contida com aflitiva regularidade."

sexta-feira, 27 de abril de 2007

ridículo

Sim, eu vejo de vez em quando a Bela e o Mestre. Sim, eu rio-me da ignorância de algumas pessoas. E sim, eu de vez em quando vou ao site da tvi cuscar o que pra lá há. O que eu não estava à espera foi de ler o que li, acerca de uma das pessoas do juri:

Marisa Cruz
É o protótipo de mulher portuguesa, alta, loira e de olhos azuis. Por tudo isso foi eleita Miss Portugal. Agora divide a atenção entre o trabalho de modelo e o de actriz. Às sextas-feiras ainda arranja tempo para dar milhões aos portugueses. Milhões de suspiros a todos os que, mais uma vez, falharam a chave do Euromilhões.


Agora expliquem-me que definição de protótipo é esta! Será que Portugal mudou completamente de localização, história e gentes!? Tenham juízo! Ainda por cima, se é para publicar uma coisa destas num site, que se pense minimamente antes de escrever!

Para quem quiser confirmar:
http://www.tvi.iol.pt/abelaeomestre/jur.php

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Halibut - curiosidade



Para quem pensava que Halibut é só e apenas uma pomada, pois é, estão muito enganados! Muito antes desta marca ter sido criada, já existe um peixe com esse nome:

Claro que o nome da pomada está relacionado com o dito peixe. Se quiserem mais informações:
http://www.grunenthal.pt/cw/pt_PT/pdf/cw_pt_pt_halibut_hist.pdf;jsessionid=REEUDXY1CEZSVLAQP2BCFEQ




Confesso que de há uns tempos para cá, isto era algo que me andava a intrigar ;)

segunda-feira, 16 de abril de 2007

mudança

Sim, o aspecto do blog mudou. Isto porque também eu vou mudando com o tempo, vivendo coisas novas, e começo a notar que algumas coisas deixam de fazer sentido: posts antigos que, por uma razão ou por outra, já não ilustram a realidade do que eu penso. Mas também não é lógico apagá-los... com o tempo se verá a diferença ;)

quinta-feira, 12 de abril de 2007

As Fábulas da Floresta Verde



E já agora... "vou ser o primeiro coelho a hibernar, hibernar, hibernar", o grande hit da minha infância!

Mika

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Teorema de Tales

O teorema de Tales, devido a Tales de Mileto, afirma que quando rectas paralelas são cortadas por retas transversais, as medidas dos segmentos correspondentes determinados nas transversais são proporcionais. AD/DB = AE/EC = AB/AC.


Agora, quando me perguntarem, já sei o que é o Teorema de Tales!

segunda-feira, 2 de abril de 2007

quinta-feira, 8 de março de 2007

memórias

Regressando aos bons velhos tempos, e no seguimento de conversas recentes:


Que inocência tão saudável!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

as 4 perguntas

Há quatro perguntas a fazer quando se conhece alguém do sexo oposto:

1. Como te chamas?
2. Que idade tens?
3. És gay/lésbica?
4. Tens namorado(a)?

Se passarem em todas elas, então sim, pode-se proseguir o ritual de acasalamento.

Nota: a ordem das duas últimas perguntas pode ser alterada, no entanto acho-a tal como está mais prudente.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

"As I was going to Saint Ives,..." by Mother Goose


As I was going to St. Ives,
I met a man with seven wives;
Every wife had seven sacks,
Every sack had seven cats,
Every cat had seven kits;
Kits, cats, sacks, and wives,
How many were there going to St. Ives?

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Manual do Gelo




Se me segues
Se te inflamas
Se me olhas
Juro que se me amas
Asseguro três mil chamas

E se no olhar
Já se ergue um iceberg
E as palavras já se enrolam num novelo
Abro o Manual do Gelo

É quente e frio
O desejo
Se te vejo

Dá-me um olhar
Uma senha
Uma frase que apanhe
Para te ver derreter
Que eu saiba guardar
Gravar e anotar para te ter
Para te ver derreter

Eu gostava desta vez
de te ouvir em Mirandês
E aprendê-lo
Leio o Manual do Gelo

Quando passas
E não querendo me devassas
Gesto inox
Sem apelo
Sigo o Manual do Gelo

É quente e frio
O desejo
Se te vejo

Dá-me um olhar
Uma senha
Uma frase que apanhe
Para te ver derreter
Que eu saiba guardar
Gravar e anotar para te ter
Para te ver derreter

Falas tão
Com acento e pontuação
Procuro um novo acordo
Vou escrevê-lo
Leio o Manual do Gelo

É quente e frio
O desejo
Se te vejo


Despe e Siga, 99.9

sábado, 20 de janeiro de 2007

o meu signo - Sagitário


Entusiastas * Optimistas * Exuberantes

22 de Novembro a 20 de Dezembro

O 9º signo do Zodíaco

Elemento: Fogo, Mutável
Planeta Regente: Júpiter
Príncipio: Activo
Parte do corpo: Quadris e Coxas
Estação do ano: Fim do Outono no hemisfério norte
Incensos: Canela e Rosa
Pedras: Ametista
Dia: Quinta
Metal: Estanho
Côr: Púrpura

Personalidade do Sagitário: "Brinca comigo"

Os Sagitários têm um signo engraçado: metade cavalo, metade homem. Parece-se com um homem a tentar alcançar algo acima da sua natureza. Imaginem como seria difícil para uma criatura destas para manterem o balanço. Escusado será dizer que os Sagitários são desastrados. Metem sempre o pé na argola: "Não estou a dizer que estás a ficar gordo, na verdade o peso extra fica-te bem. Foste feito para isso". Não é uma boa desculpa, mas vamos dar uma hipótese ao Sagitário. Eles não conseguem evitar serem brutalmente honestos. Não sabem quando calar-se. Não querem magoar-nos, simplesmente dizem-no exactamente como é. O Sagitário exagera um bocado. Peguem no que ele diz, adicionem um bocadinho de sal e façam-nos falar de coisas importantes. Filosofia e Religião podem ser assuntos bons. É sábio e fará com que o ouçamos horas a fio.

AMIZADE
Estão sempre à procura de novos horizontes. Fazem amigos onde quer que vão, desde o escritório à cafetaria. Se conseguirmos acompanhá-los, estar com eles é o máximo. Arrastam-nos para as mais novas discotecas e para o concerto mais quente na cidade.

AMOR
Logo de início, nenhum Sagitário actuará com qualquer tipo de restrições na liberdade pessoal. Tentem pregar um ao chão, e vejam-nos fugir para a Terra do Nunca. Ficam aterrorizados quando se trata de responsabilidades, não se querem comprometer e o casamento não faz parte da sua lista de preferências. Ainda querem um Sagitário? Preparem-se para uma viagem selvagem. Eles gostam de pessoas espertas e sempre a postos como eles. Alguém que seja um companheiro de viagem, bem como um amante. Adoram aventuras, seduções e por vezes enganam. Quando o fazem, a sua natureza honesta assume o controlo, e dizem-nos o que se passou.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

a palavra "chateado"

Tempos passaram em que a uma professora de português me entregou um teste onde estava vigorosamente marcado a esferográfica vermelha: "'chateado' não é português! em alternativa usa-se 'aborrecido'" (ou qualquer coisa semelhante, que já passaram alguns anos). E eis que, numa das minhas insónias me deparo com o seguinte texto:

"Ao fundo do corredor o Costa voltou-se para trás e perguntou, Despediram-no, Não, não despediram, Ainda bem, se o tivessem despedido eu ficaria mais chateado do que estou agora, afinal o Costa é um grande homem, e sóbrio nas suas declarações, não disse triste nem amargurado para não parecer solene, disse chateado, que é palavra chula segundo os dicionários, mas sem rival, ainda que o neguem os puristas. O Costa, definitivamente, está chateado, nenhuma outra palavra exprimiria melhor o seu estado de espírito, nem afinal o de Raimundo Silva que, tendo-se perguntado pela milionésima vez, Como é que me sinto, pôde responder, também definitivamente, Estou chateado."

in História do Cerco de Lisboa, José Saramago

Agora a minha pergunta é: se um escritor que ganhou um Nobel da Literatura usa a palavra "chateado", porque é que não a podem usar também os alunos?

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

o fim... e o princípio!

Volto costas:

às coisas más do passado
a quem me tratou mal
a quem não cede nem um bocadinho em prol dos outros
ao egoísmo


Agora venham:

mais coisas boas
muita alegria
mais parvoíce
os amigos de sempre!
os novos amigos...
o Tony :D
e tudo, tudo o que me faça sorrir e aos que estão à minha volta






Um feliz 2007 para todos vocês!!!!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Escuridão (vai por mim)

Jorge Palma
composição: Jorge Palma



Não estou com grande disposição
P'ra outra enorme discussão
Tu dizes que agora é de vez
Fico a pensar nos porquês
Nós ambos temos opiniões
Fraquezas nos corações
As lágrimas cheias de sal
Não lavam o nosso mal

E eu só quero ver-te rir feliz
Dar cambalhotas no lençol
Mas torces o nariz e lá se vai o sol

Dizes vermelho, respondo azul
Se vou para norte, vais para sul
Mas tenho de te convencer
Que, às vezes, também posso...

Ter razão!
Também mereço ter razão
Vai por mim
Sou capaz de te mostrar a luz
E depois regressamos os dois
À escuridão

Se eu telefono, estás a falar
Ou pensas que é p'ra resmungar
Mas quando queres saber de mim
Transformas-te em querubim
Quero ir para a cama e tu queres sair
Se quero beijos, queres dormir
Se te apetece conversar
Eu estou numa de meditar

E tu só queres ver-me rir feliz
Dar cambalhotas no lençol
Mas torço o meu nariz e lá se vai o sol

Dizes que sou chato e rezingão
Se digo sim, tu dizes não
Como é que te vou convencer
Que, às vezes, também podes...

(escuridão)

Ter razão!
Também mereces ter razão
Vai por mim
És capaz de me mostrar a luz
E depois regressamos os dois
À escuridão

Atenção!
Os dois podemos ter razão
Vai por mim
Há momentos em que se faz luz
E depois regressamos os dois
À escuridão

domingo, 19 de novembro de 2006

Sonhos...

Sem dar por isso, fecho os olhos e entro noutra dimensão. Aí, tudo o que há de impossível, torna-se possível. Nem só as coisas boas... as más também vão surgindo. Apesar de tudo, nesse mundo sou feliz. Assim realizo todos os meus desejos, estou contigo sempre que quero, e deste modo vou carregando as minhas pilhas de boa disposição. Sei que nada disto alguma vez irá acontecer, que muitas das pessoas com que estou nunca mais vou ver, mas mesmo assim, naqueles instantes sou feliz! Estou nas nuvens! Independentemente de no fim, ter por companhia uma lágrima ou um sorriso. Até porque nunca se sabe... há sonhos que talvez um dia se tornem realidade!

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

sexta-feira, 27 de outubro de 2006



in Ils se marièrent et eurent beaucoup d'enfants

domingo, 22 de outubro de 2006

O que tem de ser, tem muita força!

"Mas não podendo o sempre durar sempre, como explicitamente nos tem ensinado a idade moderna, bastou que nestes dias, a centenas de quilómetros de Cèrbere, em um lugar de Portugal de cujo nome nos lembraremos mais tarde, bastou que a mulher chamada Joana Carda riscasse o chão com a vara de negrilho, para que todos os cães de além saíssem à rua vociferantes, eles que, repete-se, nunca tinham ladrado. Se a Joana Carda alguém vier perguntar que ideia fora aquela sua de riscar o chão com um pau, gesto antes de adolescente lunática do que de mulher cabal, se não pensara nas consequências de um acto que parecia não ter sentido, e esses, recordai-vos, são os que maior perigo comportam, talvez ela responda, Não sei o que me aconteceu, o pau estava no chão, agarrei-o e fiz o risco, Nem lhe passou pela ideia que poderia ser uma varinha de condão, Para varinha de condão pareceu-me grande, e as varinhas de condão sempre eu ouvi dizer que são feitas de ouro e cristal, com um banho de luz e uma estrela na ponta, Sabia que a vara era de negrilho, Eu de árvores conheço pouco, disseram-me depois que o negrilho é o mesmo que ulmeiro, sendo ulmeiro o mesmo que olmo, nenhum deles com poderes sobrenaturais, mesmo variando os nomes, mas, para o caso, estou que um pau de fósforo teria causado o mesmo efeito, Por que diz isso, O que tem de ser, tem de ser, e tem muita força, não se pode resistir-lhe, mil vezes ouvi à gente mais velha, Acretida na fatalidade, Acredito no que tem de ser."

in A Jangada de Pedra, José Saramago

You've got a friend in me!

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Zip-A-Dee-Doo-Dah


Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
My oh my, what a wonderful day!

Welcoming back Brer Rabbit today.
We always knew that he'd get away!

He's had enough of movin' on now.
It's where he's born and bred in.
The briar patch is where he's headin'.

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
Wonderful feeling, wonderful day!

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
My oh my, what a wonderful day!

Plenty of sunshine heading our way.
We never doubted he'd get away!

Moving on taught him a lesson.
You've learned it well, Brer Rabbit.
Gettin' caught's a nasty habit.

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
Wonderful feeling, feeling this way!

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
It's a time for celebratin' today!

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
Gathered together this wonderful day!

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
Brer Fox and Brer Bear are gonna get it today.

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
That hungry gator's gettin' his way!

Mr. Bluebird on my shoulder.
It's the truth, it's actual.
Everything is satisfactual.

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
Wonderful feelling, wonderful day!

Zip-a-dee-doo-dah, Zip-a-dee-ay!
My oh my what a wonderful day!

em busca da PAZ

Aqui estou eu, sentada no penhasco. E penso em tudo: na vida, no trabalho, na família e, claro, em ti! Penso nos bons momentos que passámos juntos, nas brincadeiras e nas confissões. Sei que nada disso se voltará a repetir, mas não tenho a certeza de sequer ter pena! Olho em frente. Sinto o vazio, mas também satisfação. Olho para baixo. Dou um passo. Finalmente, a queda, o alívio e o tão esperado FIM! Sorrio. A PAZ entrou dentro de mim...

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Fim de Semana Didático

Estão abertas as inscrições para uma fim de semana inesquecível! As actividades terão o seguinte programa:

Sexta-feira: Chegada ao Casal das Aldeias, Mouriscas, ao final da tarde. Alojamento e jantar tradicional. Indicações gerais sobre a apanha da azeitona.

Sábado: Despertar típico da zona seguido de pequeno almoço à moda antiga. Saída para a apanha da azeitona. Almoço. Durante a tarde, apanha da azeitona, com um lanche a meio seguido de uma ida ao lagar para pesagem dos sacos e possível visita. Jantar e convívio.

Domingo: Pequeno almoço. Saída para a apanha da azeitona. Continuação do transporte dos sacos para o lagar com viagem em tractor opcional. Almoço. Apanha da azeitona, com lanche a meio. Novamente ida ao lagar e regresso ao alojamento. Jantar. Transporte para a terra de origem.

Nota 1: Todas as refeições serão confeccionadas com produtos biológicos.

Nota 2: Para se inscrever, deixar o contacto nos comentários. As inscrições são limitadas.

domingo, 24 de setembro de 2006

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

No éter...

No éter pensamos,
No éter descobrimos,
No éter amamos,
No éter dormimos,
No éter brincamos,
No éter sonhamos,
No éter aprendemos,
No éter vivemos,
No éter choramos,
No éter rimos,
No éter perdoamos,
No éter desistimos!

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

sábado, 16 de setembro de 2006

O som do teu silêncio
O sabor da tua ausência
A cor da tua imagem invisível
A harmonia da tua voz desaparecida
O perfume de quem não regressa
E a certeza de que talvez um dia te volte a encontrar

terça-feira, 12 de setembro de 2006

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Fogos-fátuos

Há certas almas vãs, galvanizadas
De emoção, de pureza, de bondade,
Que como toda a azul imensidade
Chegam a ser de súbito estreladas.

E ficam como que transfiguradas
Por momentos, na vaga suavidade
De quem se eleva com serenidade
Às risonhas, celestes madrugadas.

Mas nada às vezes nelas corresponde
Ao sonho e ninguém sabe mais por onde
Anda essa falsa e fugitiva chama...

É que no fundo, na secreta essência,
Essas almas de triste decadência
São lama sempre e sempre serão lama.

Cruz e Sousa



O fogo fátuo, também chamado de fogo tolo ou fogo de São Telmo, é uma luz azulada que pode ser avistada em cemitérios, pântanos, brejos, etc. É a inflamação espontânea do gás dos pântanos (metano), resultante da decomposição de seres vivos, plantas e animais típicos do ambiente.

Os fogos fátuos dão origem a muitas superstições populares. Acredita-se que são espíritos malignos que molestam ou fazem extraviar-se os viajantes ou alguém que se tenta aproximar. Há quem os considere como presságios de morte ou desgraças.

A explicação é que são produtos da combustão do gás metano gerados pela decomposição de substâncias orgânicas, ou a fosforescência natural dos sais de cálcio presentes nos ossos enterrados.

Muitos dos que avistam o fenómeno tendem a fugir do local rapidamente, o que, devido ao deslocamento de ar, faz com que o fogo fátuo se mova na direcção da pessoa. Tal facto leva muitos a acreditar que o fenómeno se trata de um evento sobrenatural, tal como espíritos, fantasmas, entre outros.

domingo, 10 de setembro de 2006

- Um dois três, macaquinho do chinês! ... Ah, eu vi! Mexeste-te!!!!

- Ok, ok, eu volto para trás...

- Um dois três, macaquinho do chinês!

- Um dois três, macaquinho do chinês!

- Ah, ah! Ganhei!!!


- Um dois três quatro cinco seis sete oito nove dez onze doze treze catorze quinze desasseis desassete desoito desanove vinte vinte e um vinte e dois vinte e três vinte e quatro vinte e cinco vinte e seis vinte e sete vinte e oito vinte e nove trinta trinta e um! Aqui vou eu!

...

- Um dois três, Teresa salva todos!!!!

sábado, 9 de setembro de 2006

fim do duelo

... Nunca mais nos vimos. Até que eu decido ir fazer limpezas. Daquelas em que se revolve uma casa inteira. E eis que, quando arrasto o sofá, apenas munida duma esfregona na mão direita:


Sim, é o cadáver dela. O duelo terminou. Eu venci!

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

ess amor

ka tem luz
ki ta brilha
más tcheu
ki bô sorriso aberto cretcheu
emoção no peito ta kemá
nha coração já kre ama

ess amor k'um tem pa bô
ta invadi nha alma
ta mudá nha mundo

mi ma bô
nôs é um só
nôs é amigo, nôs é querido
bô ta fazem sorri
k'bô manera
bô ta fazem pensá
k'ma ess amor é pa um vida inteira

uma história...

Um dia, uma jovem foi ter com São Filipe Néri para se confessar. Ele já conhecia muito bem uma das suas falhas: não que ela fosse má, mas costumava falar dos vizinhos, inventando histórias sobre eles. Essas histórias passavam de boca em boca e acabavam por ser deturpadas.

São Filipe disse-lhe:

– Minha filha, ao dizer mal dos outros, está a agir mal. Como penitência, deverá ir ao mercado comprar uma galinha, e depois voltar para aqui. Pelo caminho, vá depenando a galinha, e deixe cair as penas para o chão ao longo do caminho. Quando cá chegar, venha novamente falar comigo.

Ela pensou para si que era uma penitência estranha, mas cumpriu-a. Foi ao mercado comprar a galinha e fez o caminho de volta para a igreja arrancando-lhe as penas, tal como o padre dissera. Quando chegou, foi falar com São Filipe.

– Minha filha – disse o Santo –, a primeira parte da penitência está cumprida. Agora falta o resto.

– Sim, o que é, padre?

– Volte pelo mesmo caminho e apanhe todas as penas que deixou cair.

– Mas, padre, é impossível! A esta hora, o vento já as espalhou por todas as direções. Posso até apanhar algumas, mas não todas!

– É verdade, minha filha. E não é isso mesmo que acontece quando fala das outras pessoas? Não é verdade que as histórias que vai inventando por aí se vão espalhando de boca em boca sem que as possa controlar? Será que conseguia falar com todas as pessoas que as ouviram e fazer com que se esquecessem delas?

– Não, padre.

– Então, minha filha, quando sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre os seus vizinhos, não diga nada. Não espalhe essas penas, pequenas e maldosas, pelo seu caminho.

hipocrisia, s. f. fingimento de boas qualidades para ocultar os defeitos; fingimento; falsidade. (Gr. hypokrisía, por hypókrisis).

hipócrita, adj. e s. 2 gén. que ou a pessoa que tem o vício da hipocrisia; velhaco; fingido. (Lat. hypocrita, do gr. hypokrités).

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

No escuro adormeci
E a teu lado me enrosquei
No entanto não percebi
Se foi real... ou se apenas sonhei.

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Suave. Lentamente. O Sol põe-se. O gelo derrete. A lua sobe. O seu brilho impõe-se. O laranja dá lugar ao negro da noite. O mocho pia. É hora de ir dormir.

terça-feira, 22 de agosto de 2006




Teresinha de Jesus

De uma queda foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão.

O primeiro foi seu pai,
O segundo seu irmão,
O terceiro foi aquele
Que a Teresa deu a mão.

Teresinha levantou-se
Levantou-se lá do chão.
E, sorrindo, disse ao noivo:
Eu te dou meu coração.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Por fora: as cores mais garridas. Por dentro: o negro mais profundo. Até quando?

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

diário de bordo

1º dia, vasárnap, 6 de Agosto de 2006


Que dia! 4h30 da manhã: hora de sair de casa. Aeroporto. Check-in. Sono. Espera até às 6h para que haja algum sítio aberto onde sirvam café. 6h. Café! Embarque. Porta 7. Cintos postos. Descolagem. Refeição a bordo =S Assistente de bordo simpático (vou começar a fazer colecção de Zé's). Baralho de cartas novo. Aterragem. Frankfurt. Qual é a porta de ambarque? B32. Embarque. Tempo de viagem: 1h25. Almoço (?) a bordo.. Chocolate com arroz tufado. "Hello means hi...". Aterragem. Budapeste. Guia. Autocarro português! Hotel. Largar a bagagem no quarto. Eléctrico 49 até ao centro da cidade. Metro, linha amarela. Parque. Banhos termais (mas só para vista). Andar a pé. Estação de metro. Não há como comprar bilhete. Paciência, vamos à mesma! Estação terminal. Revisores! Explicar o que aconteceu. (esta senhora deve ser irmã do Videman!) É preciso ter azar... Multa. 5€ a cada um (vá lá, em Portugal é 65€). Andar mais um bocado a pé. Basílica de S. Estevão. Vários grupos de música a tocar na rua. Voltar a pé para o terminal do 49. Cow Parade. Hotel. Jantar (sopa tipo chá com massa e cenoura no fundo, prato principal em que o conduto era uma farinha diluida em água acompanhado por uma espécie de couves e uma sobremesa que escapava). Instruções para o dia seguinte. Finalmente, o descanso merecido...!

2º dia, hétfó, 7 de Agosto de 2006

Hora de despertar: 7h15. O sono continua a dominar. Pequeno-almoço. 8h30 no autocarro. Da parte da manhã, visita guiada a Budapest. Praça dos Heróis. Chuva. Boa panorâmica da cidade. Desafio: pedem-me para tirar uma foto com uma máquina das antigas... já nem sei trabalhar com aquilo! Igreja de Matias. Coroa Húngara. De volta ao autocarro. Parlamento. A Karib-Tenger Kolózai - Holtak Kinase. Almoço. Outra vez aquela massa estranha e a bela da sopa chalada. Tarde livre. Mota do Action-Man. Mil pombos numa só catenária. Sinagoga e respectivo museu (eles dão uns chapéus tão giros para os homens!!!). Ópera (sem fantasma). Fechada. Mercado. Fechado. Que pontaria... Bora dar uma volta de barco pelo Danúbio! Tudo tranquilo. Vemos a cidade mais uma vez, mas agora do meio do rio. Arco-íris. Fim do passeio. Regresso ao hotel a pé. Jantar. Dormir!

3º dia, dienstag, 8 de Agosto de 2006

Hora de levantar o cuzinho da cama: 7h50. Nada mau! Pequeno-almoço. Meter malas no autocarro. Here we go! Hungria. Fronteira. Áustria.Viena. Almoço (é aqui que resolvo deixar de fazer comentários às refeições). Novo guia: igual a um professor do ist =S Palácio de Schöbrunn. Maria Teresa. 16 filhos. Sisi. Jardins. Chuva. Karlsplatz. Andar a pé. Hitler. Escola dos pequenos cantores. Escola de equitação espanhola. Peste Schumacker. Catedral. Autocarro. Hotel. Jantar. Esticar as pernas até ao centro. Dormir!

4º dia, mitwoch, 9 de Agosto de 2006

Novamente despertar às 7h50. Pequeno-almoço. Autocarro. Ópera. Salão de chá (aluguer: 7000€ por 10 min... só!?). Mármore. Café: 4€. Mozart. Schubert. Strauss. Palco. Camrotes. Acústica. Legendas. Candeeiro. Lugares em pé. Cenário. 2 prédios de 7 andares. Magnífico! Albertina. Sisi Museum. Sisi. Anorexia. Tragédia. Cocaína. Guerra Mundial. Lima. Homicídio. Igreja. Almoço. Casa da música. Dados. A minha valsa! Sons. Ouvido. Frequência. Comprimento de onda. Haydn. Mozart. Beethoven. Fidelio. Schubert. Strauss. Mahler. Schöberg. Wagner. Bach. RadetskyMarch. Casa de Mozart. Auscultadores. Pepepe... Catedral. Metro. Karlsplatz. Kaisermühen. 20B. ONU. Jardins. Patins. Skate. Trotinete. Torre. Elevador. 6.2m/s~22km/h. 165m. Panorâmica. Vento. Pôr-do-sol. Helicóptero. Restaurante giratório. Elevador. Jardins. 20B. Metro. Alte Donau. Karlsplatz. Pizza. Ópera à noite. Eléctrico. 2A. Estátua dourada de Strauss. Metro. Karlsplatz. Pilgramgasse. Hotel. Telefonar(a quem terá sido). Cama.

5º dia, donnerstag, 10 de Agosto de 2006

Malas no autocarro às 9h. Metro. Pilgramgasse. Kettenbrückengasse. Flohmarkt. Percas vivas. Vespas. Kettenbrückengasse. Längenfeddgasse. Bruno-Pittermann-Platz. Westbahnhof. 52. Technisches Museum Wien. Energia. Electricidade. Corpo Humano. Medicina. Aviões. Helicóptero. Música. 58. Westbahnhof. Längenfeldgasse. Stadpark. Strauss. Ouro. Benfica. 1. Karlsplatz. Água. Almoço. Peste. Loja fechada. Autocarro. Gaudi. Áustria. República Checa. Hotel. Jantar. Quarto. O Mapa dos Ossos. Dormir*

6º dia, pátek, 11 de Agosto de 2006

Praga! Judeus. Relógios. Ruas. Cemitério. Marionetas. Passadeira. Sinagogas. Igrejas. Cobre. Eléctricos. Sol. Ponte. Estátuas. Rio. Desejo (há uma pessoa que deve imaginar qual foi... mas não digas nada, senão ele não se realiza ;) ). Música. Praça. Relógio astronómico. 11h. Ding-dong. Vingança. Bata. Cubismo. Modernismo. Castelo. Guardas. Estátuas. Igreja. Vitrais. Família Real. Varanda. Salão. Embaixada EUA. Orgão. Capela. Trono. Julgamento. Maria Teresa. Nº 22. Franz Kafka. Rua estreita. Soldados. Tortura. Caveira. Escadaria. Dívidas. Menino Jesus de Praga. Oração:

Ó Menino Jesus, recorro a Vós e Vos rogo,
pela intersecção de Vossa Mãe,
que me assistais nesta necessidade
(pede-se a graça que se deseja alcançar),
porque creio firmemente
que a Vossa Divindade me pode valer.
Espero com confiança
alcançar a Vossa santa graça.
Amo-Vos com todo o meu coração
e com toda a minha alma,
arrependo-me sinceramente dos meus pecados
e proponho nunca mais tornar a ofender-Vos.
Quero servir-Vos daqui por diante
com toda a fidelidade
e por amor de Vós amar
o meu próximo como a mim mesmo.
Infante poderoso, renovo minha súplica.
Salvai-me nesta necessidade (nomeá-la)
e concedei-me de possuir-Vos eternamente,
ver-Vos com Maria e José
e adorar-Vos com todos os Anjos.

Ponte. Teatro negro. Alice no País das Maravilhas. Luz. Cores. Magia. Ilusão. Desencantameento. Desilusão. Metro. Staromestská. Muzeum. Budejovická. Hotel. Jantar. Dormir*

7º dia, sobota, 13 de Agosto de 2006

Tão cedo...! 8h15, saída do hotel. Destino: Karlovy Vary, estância termal. Minerais. 20. Água quente. Frio.... Vento... Humidade... Ponte. Hotel famoso. Filmagens. Teatro. Géiser. 30ºC. 60ºC 72ºC. Neve. 64ºC. Homens. Vigor. 60ºC. Piscina. Russos. Igreja ortodoxa. Cristais. Ouro. Âmbar. Almoço. Piráti z Karibiku - Iruhla Miltveho Muzé. Aranha. Becherovka. Pilsner Urquel. Lentilky. 20. Hotel. O Mapa dos Ossos. Jantar. Metro. Budejovická. Muzeum. Muzeum. Catedral. Relógio. Marionetas. Ponte. Metro. Staromestská. Muzeum. Budejovická. Hotel. Dormir.

8º dia, nedele, 13 de Agosto de 2006

Despertar às 8h30 :D Arrumar a mala. Pequeno-almoço. Deixar mala na recepção. Metro. Budejovicka. Muzeum. Müstek. Bruxas. Tractor. Mudanças. Catedral. Ponte. T-shirt. Deambular. Pizza. Fila. Doce guloso. 14h. Ding-dong. Papagaio. Eléctrico. Bruxas. Marionetas. Metro. Müstek. Muzeum. Budejovická. Hotel. Malas. Autocarro. Aeroporto. Praga. Avião. Chocolate. Frankfurt. Túnel. Cores. Espera... Petzi! Espera... Metrecos. Espera... Passear. Espera... Atraso. Espera... Mais matrecos. Espera... Atentados em Londres. Espera... O Mapa dos Ossos. Espera... Avião! Frankfurt. Dormir. Ler. Comer (facto histórico: primeira vez que comi tudo o que deram no avião). Ler. Dormir. Lisboa. Abrantes. Dormir*


fim

sábado, 5 de agosto de 2006

A porta bateu. O Diabo fugiu.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

férias!!!!

Resumo resumido do Algarve:

Carteira esquecida em casa. Comboio pla fresquinha. Ucal em copo de SuperBock. Piscina. Praia. Praia. Piscina. Piscina. Praia. Bohemia. Caipirinha. Gelo. ET cor-de-rosa. Cagalhão de Ouro! A culpa é do Bruno. Praia. Piscina. Piscina. Praia. Volley. Roncos! Chuac, chuac =S. Rochas. Muita comida! Arroz. Jolas. Peidas. Bolachas. Gomas. Do que me terei esquecido...? Completem!!!



Entretanto, e já com uma vida bem mais calma, houve tempo para escrever qualquer coisa:

Fechei os olhos. De repente, estávamos longe. Nós os dois e os meus dois gatos, sem mais ninguém. Era uma terra desconhecida. Deixámos as coisas no hotel. Primeiro piso, número 86. Fomos dar uma volta a pé. Coisas novas, que nunca tínhamos visto. Lindas, tal como nós! Entrámos numa loja. Saímos. Andámos pela rua. Parámos. Era um fim de tarde perfeito. Tudo era bucólico à nossa volta. Por fim, o tão adiado beijo surgiu. Espontâneo. Doce. Ficámos a olhar um para o outro por tempos inmensuráveis. Há momentos na vida que valem mundos!
31/07/2006


De repente, só! Não sei como foi. O mar estava agitado e vinha uma onda na minha direcção. Furei a onda, como de costume. Aliás, como de costume, não!!! Fui puxada para longe. Ondas e mais ondas à minha volta. Já não sabia para que lado ficava terra. Finalmente, tudo acalmou. Mar flete. Terra à vista novamente. Alívio. A Morte tira, mas a Vida dá!
01/08/2006

segunda-feira, 24 de julho de 2006

O Balde Furado

A menina estava a passar uma semana de férias na praia. E que semana maravilhosa! O tempo estava bom e o mar calmo e limpo. A menina gostava de levar água do mar, no seu balde vermelho, e deitá-la numa cova que fazia na areia com a pá. Aquilo divertia-a imenso.
No último dia de férias, a menina descobriu que o balde estava furado e que não tinha a asa.
"O meu balde já não presta!", exclamou ela muito triste. Resolveu então, ir para casa.
"É o meu fim", disse o balde vermelho, abandonado na praia.
Nisto, aproximou-se um caranguejo que tentou animá-lo. "Alguma coisa se há-de conseguir fazer" disse o caranguejo cheio de gentileza. Mas o balde tombou com um ar miserável.
Passados uns dias, um rapazinho corria pela praia. Viu o balde vermelho e não se importou que ele estivesse furado nem que não tivesse asa. Gritou, "Era mesmo o que eu estava a precisar", e pegou no balde.
O balde e o rapazinho passaram o resto do Verão juntos e quando as férias acabaram o menino levou o balde com ele.

sábado, 15 de julho de 2006

electromagnetismo, 2ª chamada

Observe atentamente o vídeo e de seguida responda às perguntas.



1. Considere a amalgama de bolotas inicial em que cada bolota está carregada com uma carga inicial Q (Q característico das bolotas). Considere a energia adicional que o Scratch executou de modo a que todas as bolotas saltassem, precipitando-se pelo precipício.

2. Calcule a velocidade inicial mínima de uma bolota para que ela chege à superfície totalmente carbonizada. Altura inicial é 4389,52 vezes o tamanho do esquilo.

3. Calcule o valor da carga que percorre cada bolota no momento em que se encontram em queda agrupadas numa grande esfera, sabendo que são 7421. Calcule ainda o campo electromagnético um bocadinho ao lado da esfera no sentido do Pólo Sul.

4. Considere as ondas sonoras da música e calcule a sua influência nas ondas e.m. que se propagam num meio dieléctrico. Calcule ainda a nova equação do campo eléctrico, o comprimento de onda e as permissividade, permitividade e permeabilidade do meio, tendo em conta que o nariz do Scratch é preto.

5. Qual a amplitude do ângulo que o Scratch precisa de executar em relação à superfície da água de modo a que consiga ver que está uma bolota debaixo do pequeno iceberg, mas não os tubarões que estão imediatamente acima dela?

Boa Sorte!

Close your eyes and I'll kiss you
Tomorrow I'll miss you
Remember I'll always be true
And then while I'm away
I'll write home every day
And I'll send all my loving to you

I'll pretend that I'm kissing
The lips I am missing
And hope that my dreams will come true
And then while I'm away
I'll write home every day
And I'll send all my loving to you

All my loving, I will send to you
All my loving, darling I'll be true

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Santa Teresa

"A nota indicava que a famosa escultura de Bernini O Êxtase de Santa Teresa tinha, pouco depois de concluída, sido transferida da sua localização original dentro do Vaticano. Mas não fora isto que lhe despertara a atenção. Já conhecia o passado atribulado da escultura. Embora houvesse quem a considerasse uma obra prima, o Papa Urbano VIII rejeitara-a, julgando-a sexualmente demasiado explícita para o Vaticano e banindo-a para uma capela obscura qualquer do outro lado da cidade. O que chamara a atenção de Langdon fora o facto de a obra ter sido aparentemente colocada numa das igrejas que constavam da sua lista. Mais a nota indicava que a escultura fora para lá transferida per suggerimento del artista.
(...)
À medida que a excitação crescia nele, o seu vago conhecimento da estátua intrometeu-se, insistindo em que a obra não tinha nada a ver com o fogo. A escultura, como qualquer pessoa que a tivesse visto poderia testemunhar, era tudo menos científica - pornográfica, talvez, mas científica de certeza que não. Um crítico inglês condenara certa vez O Êxtase de Santa Teresa como sendo o «ornamento mais inadequado para ser colocado numa igreja cristã». E Langdon compreendia a controvérsia. Ainda que brilhantemente executada, a estátua mostrava Santa Teresa deitada de costas, no meio daqueles orgasmos únicos na vida. Nada do género Vaticano.
Procurou apressadamente no livro a descrição da obra. Quando viu o esboço, sentiu um súbito e inesperado assomo de esperança. No esboço, Santa Teresa parecia sem dúvida estar a divertir-se imenso, mas havia na composição uma outra figura cuja presença Langdon tinha esquecido.
Um anjo.
A sórdida seta voltou-lhe repentinamente à memória...
Santa Teresa era uma monja tornada santa depois de ter afirmado que um anjo a visitara durante o seu sono. Mais tarde, os críticos decidiram que o encontro fora provavelmente mais sexual que espiritual. Rabiscado no fundo da página, Langdon encontrou um excerto conhecido. As palavras da própria Santa Teresa bastante explícitas:

... a sua grande lança dourada... cheia de fogo... mergulhou em mim várias vezes... penetrou-me até às entranhas... uma doçura tão extrema que não era possível desejar que acabasse.

Lagdon sorriu. Se isto não é uma metáfora para sexo do melhor, não sei o que será."

Dan Brown, Anjos e Demónios

vinte anos

E se, por engano, Ela nascesse vinte anos depois d'Ele? Ele faz a sua vida enquanto Ela nem sequer existe, torna-se homem e descobre-se a si e ao mundo que o rodeia. Ela nasce. Vive durante alguns anos na inocência de criança e conhece-O, já na altura em que a vida d'Ele está estabilizada. Conversam. Há muita coisa em comum, sentimentos que se confundem e vinte anos pelo meio. Vinte anos que poderiam ter mudado duas vidas! E agora? Não restam senão se's. E se ela tivesse nascido vinte anos antes? E se as condições em que vivem fossem outras? E se... Enfim, há que haver sensatez. Não se desfaz uma vida sem certezas, Ela não suportaria que Ele fosse infeliz. O Amor às vezes, prega grandes partidas!

quinta-feira, 6 de julho de 2006

PROCURA-SE!


Preciso urgentemente de uma vaca!!! Quem é a alma caridosa que ma vai oferecer? ;)

segunda-feira, 3 de julho de 2006

O infinito e a imaginação

"Reconheço também ter uma certa dose de ingenuidade. Dois grandes defeitos para quem se consagra a uma carreira científica. Prometo-lhe que o meu livro sobre Akhenaton será tão rigoroso quanto possível. Simplesmente, o lado cartesiano que o professor encarna passa por cima de qualquer coisa essencial: a permissão dada aos homens para sonhar e imaginar. Sonho e imaginação são as fontes do possível. Acrescente-lhe uma pitada de loucura e obterá a poção mágica que permite a alguns seres atingirem o que a maioria considera ser inacessível.
Veja a vida de um antropólogo como Schliemann. Toda a sua infância foi embalada pelas narrativas encantadoras que corriam na região em que habitava. No Natal, o pai ofereceu-lhe um livro como presente. Numa das cenas do volume, podia-se contemplar os palácios de Tróia tomados de assalto e incendiados pelos gregos. O pequeno Schliemann perguntou, então, onde se encontrava aquela cidade fabulosa. O pai respondeu, com um sorriso nos lábios, que Tróia nunca existira, que se tratava de uma lenda inventada por Homero. «Não, protestou a criança. Um dia, encontrarei os restos da cidade de Príamo!» E foi o que ele fez.
Podia citar-lhe um grande número de exemplos deste género, em que o imaginário teve um papel determinante na história das grandes descobertas.
Por último, professor Lucas, o seu jogo apelou-me ao rigor, mas também me confortou acerca da minha visão do mundo: se o mundo real tem os seus limites, o mundo imaginário, então, é infinito...
Se tiver tempo, podemos jantar juntos amanhã. Explicar-lhe-ei então pessoalmente quanto amo o infinito."

quinta-feira, 29 de junho de 2006

electromagnetismo

Considere-se apenas o conjunto cabeça+chapéu+guizo do Noddy. Sabe-se que a cabeça é percorrida por um campo E, o corpo por um campo B e o guizo está apenas sujeito à força gravítica.

a) Calcule a expressão da força electromotriz e a resultante das forças do sistema.

b) Considerando o guizo como um pêndulo, calcule a sua velocidade angular depois de a Macaca Marta ter empurrado a cabeça do Noddy com uma força de macaco, desprezando a resistência do ar.

c) Uma vez que o nariz do Noddy é ligeiramente alaranjado, calcule a permitividade do meio e qual o comprimento de onda do raio transmitido.

Boa Sorte!

quarta-feira, 28 de junho de 2006

CABRÃO!

Hoje acordaram-me... qual foi a palavra que me veio à cabeça? Essa mesmo, "Cabrão!". Entretanto, abri o dicionário para ver o seu verdadeiro significado, e aqui está o que encontrei:


CABRÃO, s. m. (b. lat. capro). Bode. Chul. Marido que a mulher atraiçoa. Criança berrona. Certo peixe. Cabra grande.

E como se tal não bastasse, fui ver o significado de bode:

BODE, s. m. (cast. bode). Macho de cabra. Fig. Homem feio.



Digamos que "criança berrona" e "homem feio" me agradam bastante! ihihihihihi ;)

quarta-feira, 21 de junho de 2006

eu...

Esta sou eu... de costas. Temos artista!

terça-feira, 20 de junho de 2006

o bem e o mal...

"Tudo isto se passava em dias tão antigos como a memória das areias. Osíris sucedeu ao pai Geb e reinava com a irmã e esposa Ísis. Rei divino e filantropo, ensinava aos homens a agricultura e as práticas da religião. Invejoso deste reinado benfeitor, Seth, o irmão, com a cumplicidade de setenta e dois conspiradores, ofereceu a Osíris um festim e, à guisa de jogo, apresentou uma caixa à assistência. Desafiou os convivas a ver se conseguiam enfiar-se inteiramente lá dentro. Quando chegou a vez de Osíris, os conspiradores selaram logo a coberturam e lançaram a caixa ao Nilo. As correntes empurraram este caixão até às margens fenícias de Biblos. No decurso da viagem, tinha crescido uma árvore na caixa que continha os restos mortais de Osíris, acabando por fechá-lo, assim, no seu tronco. O rei de Biblos fez então talhar a árvore em forma de pilar e guardou-a no seu palácio. Ísis, que partira à procura do esposo, chegou, por sua vez, ao porto fenício e mandou devolver o pilar e a caixa que levou para os pântanos de Chemnis, perto da cidade de Buto. Em seguida, abriu a caixa e, embora Osíris estivesse morto, ela fez-se fecundar. Do acto, nasceu Hórus. Por seu turno, este foi agredido por Seth e chegou mesmo a travar-se um combate impiedoso entre ambos no deserto de Keraha. Mas o drama não parou por aqui. Aproveitando a ausência de Ísis, Seth apoderou-se da caixa e despedaçou Osíris em catorze pedaços que dispersou por todo o Egipto. Ísis, nada desencorajada, pôs-se à procura dos preciosos fragmentos, encontrou-os e sepultou-os no local, com excepção do falo que, entretanto, um peixe do Nilo - para sempre amaldiçoado por esse crime - devorara. É assim que hoje existem catorze santuários erigidos em memória do rei defunto. Na verdade, penso que o combate nunca se interrompeu. É o combate que travam sempre o bem e o mal. De facto, prosseguirá enquanto os homens forem o que são..."

Gilbert Sinoué, Akhenaton

domingo, 18 de junho de 2006

feras



Plim! Encomenda especial só para mim. Duas feras lindas. Parece que o objectivo é atormentarem o juízo a muito boa gente. Tou é sem imaginação para os nomes... há propostas?

duelo

Eu e ela, frente a frente. Eu nada mais tinha que um lata de insecticida na mão. Ela... apenas o seu aspecto nogento. Início do confronto. Eu aperto furiosamente o pinchavelho da lata de spray na direcção dela. Ela serve-se da sua velocidade e foge... mas para onde???? Encontrei-a! Mais um ataque da minha parte. Ela desata a fugir novamente.... na direcção do meu pé!!!! Sobe. PÂNICO!!! Agito violentamente a perna. Ela salta. Desaparece. Fim do duelo. Empate. Nunca mais nos vimos...

sexta-feira, 16 de junho de 2006

liberdade

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa


Era tão bom pudermos fazer só mesmo o que queremos! Se bem que, acredito que depois do esforço, há sempre uma recompensa. ;)

raios e chuviscos

Finalmente chuva! Sabe tão bem sentir as gotas a cair no cara, o cheiro a terra molhada... e com ela vem à memória uma música:

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir

São emoções que dão vida
À saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder

Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva
Há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo saudade.



Mas.... desta vez a chuva não vem só! Vieram também as trovoadas, e o belo espectáculo que são os raios a iluminar o céu acompanhados pelo som imponente dos trovões. Desta vez lembro-me dum excerto do livro A Encomendação das Almas:

"Pelas três horas da manhã, rebentou uma formidável tempestade. Na aldeia, muita gente acordou, mas esses não se lembraram, já se vê, de pôr as cabeças fora das janelas para explorar o negro da noite.
Portanto, não repararam que a tempestade tinha dois núcleos, duas nuvens gigantescas em cujo centro fulgiam relâmpagos contínuos. Nem que os trovões que abalavam os ares eram a dois tons, um cavo e profundo, outro mais estridente e metálico. Baixo e tenor.
Era como se as nuvens falassem uma com a outra ou cantassem a duo.
Durante meia hora, a tempestade pairou sobre Poiais de Santa Cruz. Depois começou a soprar um vento muito forte e em pouco tempo o céu, por cima da aldeia, ficou limpo.
Mas a tempestade não se dissipara. As nuvens carregadas de chuva e de faíscas deslocavam-se rapidamente, levadas pelo vento.
Iam para o Sul, para o Alentejo, onde, nesse ano, havia seca."

segunda-feira, 12 de junho de 2006

solução

"Criança: Olha, cortei-me no dedo.
Adulto: Ah, agora o teu dedo vai cair.
Criança: Não vai não! Eu vou colar com betadine e um penso!"

É incrível a facilidade com que as crianças arranjam uma solução simples para todos os problemas. Se calhar o problema geral é mesmo crescermos demasiado depressa...

sexta-feira, 9 de junho de 2006

o momento...

"-Devias usar os dons que recebeste - disse a Cadela. - Imagina com ficarias se me desses um osso e eu não o comesse.
- Surpreendida - retorquiu Lirael. - Mas às vezes enterras os ossos. No gelo.
- No fim, acabo sempre por os comer - disse a Cadela. - No momento certo."

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Neverland


"- It's just... I thought she'd always be here.
- So did I. But in fact... she is. Because she's on every page... of your imagination. You'll always have her there. Always.
- But why did she have to die?
- I don't know, boy. When I think of your mother... I will always remember how happy she looked sitting there in the parlour, watching a play about her family. About her boys that never grew up. She went to Neverland. And tou can visit her any time you like... if you just go there by yourself.
- How?
- By believing, Peter. Just believe.
- I can see her."

Hipopi



Eu tenho um Hipopi novinho em folha! É mesmo fofinho :D

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Implementando mais uma vez...

Pensando melhor, sim, talvez a função anteriormente implementada tivesse alguns erros. Ou então a época a que se aplica não é a actual. Sendo assim, foi reajustada a tempos mais recentes com o seguinte resultado:

inícioDeUmaRelação[ele_,ela_]:=
If[atracção[ele,ela]<5,
Print["Esquece lá isso!"],
If[cobardia[ele]>3 && cobardia[ela]>3,
Print["Assim a coisa não anda..."],
Print["Há boas probabilidades de as coisas chegarem a bom porto."];
];
];


(*Os níveis de atracção e de cobardia estão no intervalo [1,10].
Claro que a atracção e a cobardia não são os únicos factores importantes, mas pelo menos a cobardia tem uma contribuição incrivelmente grande.*)

Agora... é ver quem dá o primeiro passo mais depressa: Ele ou Ela? Apesar de tudo, Ele partiu após um "Eu volto!".

Implementando

inícioDeUmaRelação[ele_,ela_]:=
If[atracção[ele,ela]<5,
Print["Esquece lá isso!"],
If[cobardia[ele]>3,

Print["Ela bem pode ficar à espera, que ele vai engonhar para sempre."],
Print["Ela tem sorte! Encontrou um dos poucos Eles que não são cobardes."];
];
];

(*Os níveis de atracção e de cobardia estão no intervalo [1,10].
Claro que a atracção e a cobardia não são os únicos factores importantes, mas pelo menos a cobardia tem uma contribuição incrivelmente grande.*)

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Secret Window

"You know... the only thing that matters is the ending. It's the most important part of the story, the ending. And this one... is very good. This one's perfect. 'I know I can do it,' Todd Downey said... helping himself to another ear of corn from the steaming bowl. 'I'm sure that in time... every bit of her will be gone. And her death will be a mystery... even to me.'"



Heis aqui uma pequena observação que me surgiu enquanto via o belo filme que é Secret Window:

Se juntássemos Hercule Poirot a Secret Window, o local onde Mort Rainey enterrou os corpos não seria um mistério por muito tempo.

música...

Diz-lhe que não
Diz-lhe que tudo acabou
Que é sempre mais feliz
Aquele que mais amou

Chega de juras de amor
Promessas de amor eterno
Para algum tempo depois
Voltarmos ao mesmo inferno

Por vezes é mesmo assim
Não há outra solução
Dói muito dizer que sim
Dói menos dizer que não

Diz-lhe que não
Diz-lhe que tudo acabou
Que é sempre mais feliz
Aquele que mais amou

Diz-lhe que chega de ouvir as frases habituais
Chamam-me a maior paixão da vida...
Coisas banais!
Maior ou não, pouco importa
Ser a única isso sim
Diz-lhe que não me enganou
Enganou-se ele por mim

Diz-lhe que não
Está na hora de acabar
Mas por favor não lhe digas
Que ainda me viste chorar

Ando com esta música na cabeça. Interpretem da maneira que quiserem! :p

quarta-feira, 31 de maio de 2006

a amoreira

Sou uma amoreira. Não sei dizer ao certo a minha idade, nem quem me plantou. Do meu passado mais remoto, tenho dificuldades em lembrar-me. No entanto, dos tempos mais recentes, lembro-me de uma menina. Não a via todos os dias... mas quase todos os fins-de-semana. Conheço-a desde que nasceu. Sei que por vezes dormiu aqui bem pertinho, e sempre que cá estava vinha-me fazer uma visita. Não importa quanto tempo passava comigo, só sei que nos sentíamos bem na companhia uma da outra. Nunca hei-de esquecer toda a curiosidade que existia naqueles olhos, a vontade de experimentar coisas novas, de explorar lugares onde nunca antes tinha estado. Por vezes aparecia aqui com ideias que me deixavam pensativa, mas depois, tudo acabava por servir para o fim que ela queria. Nunca mais conheci ninguém como ela. Sempre junto dos animais, a correr pelo campo, lendo um livro, ou mesmo subindo às árvores. Mas agora, pergunto-me o que será feito dessa menina. Sei que muitas coisas à minha volta mudaram, muitas delas, nunca mais voltarão a existir. No entanto, sei que a menina não desapareceu. Será a mesma que por aqui aparece de vez em quando? Há algumas parecenças nos olhos, mas não me parece a mesma... Menina, onde andas??? Se a virem por aí, relembrem-lhe o passado, e digam-lhe para vir falar comigo. Tenho saudades dessa menina!

quinta-feira, 25 de maio de 2006

transparente

Como a água da nascente
Minha mão é transparente
Aos olhos da minha avó.

Entre a terra e o divino
Minha avó negra sabia
Essas coisas do destino.

Desagua o mar que vejo
Nos rios desse desejo
De quem nasceu para cantar.

Um Zambéze feito Tejo
De tão cantado que invejo
Lisboa, por lá morar.

Vejo um cabelo entrançado
E o canto morno do fado
Num xaile de caracóis.

Como num conto de fadas
Os batuques são guitarras
E os coqueiros, girassóis.

Minha avó negra sabia
Ler as coisas do destino
Na palma de cada olhar.

Queira a vida ou que não queira
Disse Deus à feiticeira
Que nasci para cantar.

Transparente... como a água, como os meus olhos e mesmo como o vidro! E ando pensativa, preocupada, sem respostas a demasiadas perguntas, e não vejo o que faço. E depois, BUM! Dor, desorientação, regresso à Terra por uns instantes. Mas a seguir... a seguir, volto a andar pensativa, volto a andar preocupada, e as respostas continuam a não existir. Porém, olho minimamente para o que faço, para que o BUM! não se volte a repetir, e assim eu possa cumprir o meu fado.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

o ovo

Aqui há uns anos, uma menina e uma velhinha foram buscar os ovos às galinhas. A velhinha, confiando na menina, deu-lhe dois ovos para ela levar. Como as mãos da menina eram pequenas, cabia apenas um ovo em cada. No entanto, a caminho de casa, no fim duma rampa um pouco íngreme, a menina deixou cair um ovo. Não há palavras para exprimir a atrapalhação da menina. No entanto, a velhinha olhou para ela com um olhar ternurento, disse, Não faz mal, e as duas continuaram o caminho até casa. Hoje, a menina relembra esta história com muito carinho, este e muitos outros momentos que passou com a velhinha, apenas lhe restando dizer obrigada por tudo! Pelo menos a memória nunca morre...

terça-feira, 23 de maio de 2006

Corpse Bride

MAGGOT
What does that whispy little brat have that you don't have double?

BLACK WIDOW
She can't hold a candle to the beauty of your smile

CORPSE BRIDE
How about a pulse?

MAGGOT
Overrated by a mile

BLACK WIDOW
Overbearing

MAGGOT
Overblown

MAGGOT AND BLACK WIDOW
If he only knew the you that we know

CORPSE BRIDE
(sigh)

BLACK WIDOW
And that silly little creature isn't wearing his ring

MAGGOT
And she doesn't play piano

MAGGOT AND BLACK WIDOW
Or dance

MAGGOT
Or sing

MAGGOT AND BLACK WIDOW
No she doesn't compare

CORPSE BRIDE
But she still breathes air

BLACK WIDOW
Who cares?

MAGGOT
Unimportant

BLACK WIDOW
Overrated

MAGGOT
Overblown

MAGGOT AND BLACK WIDOW
If only he could see
How special you can be
If he only knew the you that we know

CORPSE BRIDE
If I touch a burning candle I can feel no pain
If you cut me with a knife it's still the same
And I know her heart is beating
And I know that I am dead
Yet the pain here that I feel
Try and tell me it's not real
For it seems that I still have a tear to shed

MAGGOT
The sure redeeming feature
From that little creature
Is that she's alive

BLACK WIDOW
Overrated

MAGGOT
Overblown

BLACK WIDOW
Everybody know that's just a temporary state
Which is cured very quickly when we meet our fate

MAGGOT
Who cares?

BLACK WIDOW
Unimportant

MAGGOT
Overrated

BLACK WIDOW
Overblown

MAGGOT AND BLACK WIDOW
If only he could see
How special you can be
If he only knew the you that we know

CORPSE BRIDE
If I touch a burning candle I can feel no pain
In the ice or in the sun it's all the same
Yet I feel my heart is aching
Though it doesn't beat it's breaking
And the pain here that I feel
Try and tell me it's not real
I know that I am dead
Yet it seems that I still have some tears to shed

segunda-feira, 22 de maio de 2006

insónia

É tarde. Deito-me. Apago a luz e fico a olhar para a estrelinha que tenho à cabeceira. Chamo o sono. Ele não vem... Dou voltas na cama, falo com o travesseiro, conto-lhe como foi o meu dia, oiço os conselhos que ele me dá. A música de fundo toca. E eu ainda de olho bem aberto. Acendo a luz novamente e pego num livro. Às vezes resulta e o sono vem pouco depois. Que desespero. Por fim, o cansaço vence. Adormeço. Mas eis que os vizinhos de cima decidiram começar a andar de um lado para o outro da casa. Calma! Eles vão parar... Novamente silêncio, mas despertei outra vez. Mais uma conversa com o travesseiro. Oiço as histórias do antigamente: rato do campo e rato da cidade, a do "se a corda não parte ou o nó não desata, vou parar a casa do dono da vaca." Esgotaram-se as histórias. Agora é a minha vez de inventar, de pensar no que vou fazer no dia seguinte, de ter ideiais novas. Tudo menos dormir. Oiço mais um bocadinho de música, e por fim, lá adormeço... sonho... desperto novamente... adormeço... É uma noite como as outras, impossível de ter um sono seguido. Depois, quando parece que finalmente consigo dormir como deve ser... plim! o despertador toca. Hora de levantar e de enfrentar mais um dia ;)

domingo, 21 de maio de 2006

viajar

Ir. Voltar. Não estar quieta num sítio. Conhecer novas culturas! Avião. Museus. Curiosidades. Surpresas. Coisas que nunca pensei que existissem. Recuerdos para a família... Comboio. O tempo não pára. E há tanto para ver. Liberdade. Autocarro. Coisas inesperadas. Mapas. Línguas desconhecidas. Perto. Bicicleta. Longe. Onde estamos? Sozinhos. Carro. Acompanhados. Animais que nunca tínhamos visto. Mil baratas gigantes! A pé. Banho relaxante. Comida estranha nunca antes provada. Barco. Rios. Montanhas. Lagos. Monstros. Blienschwiller, Strasbourg. Ligne Maginot. Querer patinar e não ter patins. Não perceber nada do que as outras pessoas dizem. Fogo de artifício. Alemanha. Europa Park!!!! Madeira. Flores lindas. Piscina. Faltar às aulas. Açores. Furnas. Piscina do Pico. Jaquinzinhos. Licor de amora. Museu da baleia. Peter. Farol. Fotografia. Mar. Vacas. Tunísia. Primeiro contacto com povo árabe. Bereberes. Areia. Deserto. Calor. Cavernas dos trogloditas. Guerra das Estrelas. Azulejos. Autocarro avariado. Andar de camelo. Itália. Deuses romanos. Coliseu. Leonardo. Capela Sistina. Michelangelo. Pisa. Morano. Gôndolas. Praça São Marcos. Basílica de São Pedro. Ponte dos supiros. Trânsito caótico. Vesúvio. Sofrimento. Frescos. Assis. São Francisco. Obras de recuperação. Sismos. Pizza. Moeda na Fontana di Trevi para lá voltar novamente. Madrid. Prado. Picasso. Miró! Velàsquez. Guernica. Egipto. Hatshepsut. Rá. Tutankamon. Novamente deserto. Nilo. Hieroglifos. Piscina. Essências. Mais camelos. Chá preto ou de maçã? Camaleão. Areia. Hotel onde "esteve" hospedado Hercule Poirot. Cobras. Sol. Assuão. Abu Simbel. Templos. Fórmulas matemáticas antigas. Escravatura. Escribas. Hierarquia. Levantar cedo. Descansar. Tempo para ler. Esfinge. Pirâmide em degraus de Sakara. Planalto de Gizé. Quéops, Quefrén e Miquerinos. Cidade dos mortos. Vida eterna. Pena. Olho de Hórus. Vasos canópicos. Múmias. Tumbas. Escavações. Mistérios. Turquia. Europa. Constantinopola. Rolo de carne. Ásia. Mercado das especiarias. Chaminés das fadas. Pamucalé. Chinelos. Kemal Ataturk. Iogurte. Barcelona. Gaudi. Parque Güel. Conto de fadas. Casa Milá. Museu Picasso. Azul. Rosa. Ensaio das "Meninas de Velásquez". Esqueleto. Marrocos. Páscoa. Casa Blanca. Mesquita sobre o mar. Chão aquecido. Tomar banho com uma barata a espreitar pela janela. Gato com um olho de cada cor. Medina de Fez. Cobra-cachecol. Dentaduras em cima duma mesa à escolha. Macaco. Amostras de camelos. Paris. Louvre. Bateau-mouche. Metro. Mona Lisa. Tour Eiffel. Charles de Gaulle. Arc du Triumph. Champs Elisées. Mini. Pompidou. Primos. Notre Dame. Momartre. Pincés. Aguarelas. Óleos. Pastéis. Bélgica. Monarquia. Bruxelas. Estátua. Holanda. Moinhos. Bicicletas. Vermelho. Cofee shop. Liberdade. Coelhos-corta-relva. Verde. Diques. Nível do mar. Köln. Catedral. Água de colónia. Gigante. Dormida. Luxemburgo. Novamente. Primeira língua que oiço é português. Asneiras. Acabou-se o tempo. França. Uma semana num barco. Patos. Cassoulet. Acordar. Limpar. Marcha atrás. PUM! Comportas. Cordas. Sobe. Desce. Água suja. Carcassone. Castelo Medieval. Festa. Marisco. Leite creme. Gato fedorento. Lanterna. Filmes. Trivial Pursuit. Escócia, Inglaterra. Trânsito ao contrário. Glasgow. Indústria. Calor é relativo. Tatoo. Truta. Inverness. Estação de Comboio de um filme. Árvore enorme. Clãs. Tronco de madeira esculpido. Pé. Eagle Stone. Ponte. Nessie. Azul do céu. Azul dos lagos. Azul do mar. Jardins sem fim. Um ratito curioso espreita entre as plantas. Piscina. Jacuzzi. Sauna. Edimburgo. Castelo. Fogo de artifício. Multidões. Loja só com coisas de Natal. Cão Bobby. Fidelidade. Festival. Wiskey. Fronteira. Inglaterra! Chuva. Vento. Fotografia. Durham. Estátua. Catedral. Água. Repuchos. Londres. Aproveitar o tempo. London by Night. British Museum. Big Ben. Downing Street. Tower Bridge. Westminster Abey. Pub. Cricket. Jola grande com uma amiga. Nelson. Madame Toussaud's. Cera. Táxi. Metro. Portugal. No fim, o destino é sempre este. Lar doce lar! :D