domingo, 24 de setembro de 2006

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

No éter...

No éter pensamos,
No éter descobrimos,
No éter amamos,
No éter dormimos,
No éter brincamos,
No éter sonhamos,
No éter aprendemos,
No éter vivemos,
No éter choramos,
No éter rimos,
No éter perdoamos,
No éter desistimos!

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

sábado, 16 de setembro de 2006

O som do teu silêncio
O sabor da tua ausência
A cor da tua imagem invisível
A harmonia da tua voz desaparecida
O perfume de quem não regressa
E a certeza de que talvez um dia te volte a encontrar

terça-feira, 12 de setembro de 2006

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Fogos-fátuos

Há certas almas vãs, galvanizadas
De emoção, de pureza, de bondade,
Que como toda a azul imensidade
Chegam a ser de súbito estreladas.

E ficam como que transfiguradas
Por momentos, na vaga suavidade
De quem se eleva com serenidade
Às risonhas, celestes madrugadas.

Mas nada às vezes nelas corresponde
Ao sonho e ninguém sabe mais por onde
Anda essa falsa e fugitiva chama...

É que no fundo, na secreta essência,
Essas almas de triste decadência
São lama sempre e sempre serão lama.

Cruz e Sousa



O fogo fátuo, também chamado de fogo tolo ou fogo de São Telmo, é uma luz azulada que pode ser avistada em cemitérios, pântanos, brejos, etc. É a inflamação espontânea do gás dos pântanos (metano), resultante da decomposição de seres vivos, plantas e animais típicos do ambiente.

Os fogos fátuos dão origem a muitas superstições populares. Acredita-se que são espíritos malignos que molestam ou fazem extraviar-se os viajantes ou alguém que se tenta aproximar. Há quem os considere como presságios de morte ou desgraças.

A explicação é que são produtos da combustão do gás metano gerados pela decomposição de substâncias orgânicas, ou a fosforescência natural dos sais de cálcio presentes nos ossos enterrados.

Muitos dos que avistam o fenómeno tendem a fugir do local rapidamente, o que, devido ao deslocamento de ar, faz com que o fogo fátuo se mova na direcção da pessoa. Tal facto leva muitos a acreditar que o fenómeno se trata de um evento sobrenatural, tal como espíritos, fantasmas, entre outros.

domingo, 10 de setembro de 2006

- Um dois três, macaquinho do chinês! ... Ah, eu vi! Mexeste-te!!!!

- Ok, ok, eu volto para trás...

- Um dois três, macaquinho do chinês!

- Um dois três, macaquinho do chinês!

- Ah, ah! Ganhei!!!


- Um dois três quatro cinco seis sete oito nove dez onze doze treze catorze quinze desasseis desassete desoito desanove vinte vinte e um vinte e dois vinte e três vinte e quatro vinte e cinco vinte e seis vinte e sete vinte e oito vinte e nove trinta trinta e um! Aqui vou eu!

...

- Um dois três, Teresa salva todos!!!!

sábado, 9 de setembro de 2006

fim do duelo

... Nunca mais nos vimos. Até que eu decido ir fazer limpezas. Daquelas em que se revolve uma casa inteira. E eis que, quando arrasto o sofá, apenas munida duma esfregona na mão direita:


Sim, é o cadáver dela. O duelo terminou. Eu venci!

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

ess amor

ka tem luz
ki ta brilha
más tcheu
ki bô sorriso aberto cretcheu
emoção no peito ta kemá
nha coração já kre ama

ess amor k'um tem pa bô
ta invadi nha alma
ta mudá nha mundo

mi ma bô
nôs é um só
nôs é amigo, nôs é querido
bô ta fazem sorri
k'bô manera
bô ta fazem pensá
k'ma ess amor é pa um vida inteira

uma história...

Um dia, uma jovem foi ter com São Filipe Néri para se confessar. Ele já conhecia muito bem uma das suas falhas: não que ela fosse má, mas costumava falar dos vizinhos, inventando histórias sobre eles. Essas histórias passavam de boca em boca e acabavam por ser deturpadas.

São Filipe disse-lhe:

– Minha filha, ao dizer mal dos outros, está a agir mal. Como penitência, deverá ir ao mercado comprar uma galinha, e depois voltar para aqui. Pelo caminho, vá depenando a galinha, e deixe cair as penas para o chão ao longo do caminho. Quando cá chegar, venha novamente falar comigo.

Ela pensou para si que era uma penitência estranha, mas cumpriu-a. Foi ao mercado comprar a galinha e fez o caminho de volta para a igreja arrancando-lhe as penas, tal como o padre dissera. Quando chegou, foi falar com São Filipe.

– Minha filha – disse o Santo –, a primeira parte da penitência está cumprida. Agora falta o resto.

– Sim, o que é, padre?

– Volte pelo mesmo caminho e apanhe todas as penas que deixou cair.

– Mas, padre, é impossível! A esta hora, o vento já as espalhou por todas as direções. Posso até apanhar algumas, mas não todas!

– É verdade, minha filha. E não é isso mesmo que acontece quando fala das outras pessoas? Não é verdade que as histórias que vai inventando por aí se vão espalhando de boca em boca sem que as possa controlar? Será que conseguia falar com todas as pessoas que as ouviram e fazer com que se esquecessem delas?

– Não, padre.

– Então, minha filha, quando sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre os seus vizinhos, não diga nada. Não espalhe essas penas, pequenas e maldosas, pelo seu caminho.

hipocrisia, s. f. fingimento de boas qualidades para ocultar os defeitos; fingimento; falsidade. (Gr. hypokrisía, por hypókrisis).

hipócrita, adj. e s. 2 gén. que ou a pessoa que tem o vício da hipocrisia; velhaco; fingido. (Lat. hypocrita, do gr. hypokrités).

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

No escuro adormeci
E a teu lado me enrosquei
No entanto não percebi
Se foi real... ou se apenas sonhei.