quarta-feira, 31 de maio de 2006

a amoreira

Sou uma amoreira. Não sei dizer ao certo a minha idade, nem quem me plantou. Do meu passado mais remoto, tenho dificuldades em lembrar-me. No entanto, dos tempos mais recentes, lembro-me de uma menina. Não a via todos os dias... mas quase todos os fins-de-semana. Conheço-a desde que nasceu. Sei que por vezes dormiu aqui bem pertinho, e sempre que cá estava vinha-me fazer uma visita. Não importa quanto tempo passava comigo, só sei que nos sentíamos bem na companhia uma da outra. Nunca hei-de esquecer toda a curiosidade que existia naqueles olhos, a vontade de experimentar coisas novas, de explorar lugares onde nunca antes tinha estado. Por vezes aparecia aqui com ideias que me deixavam pensativa, mas depois, tudo acabava por servir para o fim que ela queria. Nunca mais conheci ninguém como ela. Sempre junto dos animais, a correr pelo campo, lendo um livro, ou mesmo subindo às árvores. Mas agora, pergunto-me o que será feito dessa menina. Sei que muitas coisas à minha volta mudaram, muitas delas, nunca mais voltarão a existir. No entanto, sei que a menina não desapareceu. Será a mesma que por aqui aparece de vez em quando? Há algumas parecenças nos olhos, mas não me parece a mesma... Menina, onde andas??? Se a virem por aí, relembrem-lhe o passado, e digam-lhe para vir falar comigo. Tenho saudades dessa menina!

quinta-feira, 25 de maio de 2006

transparente

Como a água da nascente
Minha mão é transparente
Aos olhos da minha avó.

Entre a terra e o divino
Minha avó negra sabia
Essas coisas do destino.

Desagua o mar que vejo
Nos rios desse desejo
De quem nasceu para cantar.

Um Zambéze feito Tejo
De tão cantado que invejo
Lisboa, por lá morar.

Vejo um cabelo entrançado
E o canto morno do fado
Num xaile de caracóis.

Como num conto de fadas
Os batuques são guitarras
E os coqueiros, girassóis.

Minha avó negra sabia
Ler as coisas do destino
Na palma de cada olhar.

Queira a vida ou que não queira
Disse Deus à feiticeira
Que nasci para cantar.

Transparente... como a água, como os meus olhos e mesmo como o vidro! E ando pensativa, preocupada, sem respostas a demasiadas perguntas, e não vejo o que faço. E depois, BUM! Dor, desorientação, regresso à Terra por uns instantes. Mas a seguir... a seguir, volto a andar pensativa, volto a andar preocupada, e as respostas continuam a não existir. Porém, olho minimamente para o que faço, para que o BUM! não se volte a repetir, e assim eu possa cumprir o meu fado.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

o ovo

Aqui há uns anos, uma menina e uma velhinha foram buscar os ovos às galinhas. A velhinha, confiando na menina, deu-lhe dois ovos para ela levar. Como as mãos da menina eram pequenas, cabia apenas um ovo em cada. No entanto, a caminho de casa, no fim duma rampa um pouco íngreme, a menina deixou cair um ovo. Não há palavras para exprimir a atrapalhação da menina. No entanto, a velhinha olhou para ela com um olhar ternurento, disse, Não faz mal, e as duas continuaram o caminho até casa. Hoje, a menina relembra esta história com muito carinho, este e muitos outros momentos que passou com a velhinha, apenas lhe restando dizer obrigada por tudo! Pelo menos a memória nunca morre...

terça-feira, 23 de maio de 2006

Corpse Bride

MAGGOT
What does that whispy little brat have that you don't have double?

BLACK WIDOW
She can't hold a candle to the beauty of your smile

CORPSE BRIDE
How about a pulse?

MAGGOT
Overrated by a mile

BLACK WIDOW
Overbearing

MAGGOT
Overblown

MAGGOT AND BLACK WIDOW
If he only knew the you that we know

CORPSE BRIDE
(sigh)

BLACK WIDOW
And that silly little creature isn't wearing his ring

MAGGOT
And she doesn't play piano

MAGGOT AND BLACK WIDOW
Or dance

MAGGOT
Or sing

MAGGOT AND BLACK WIDOW
No she doesn't compare

CORPSE BRIDE
But she still breathes air

BLACK WIDOW
Who cares?

MAGGOT
Unimportant

BLACK WIDOW
Overrated

MAGGOT
Overblown

MAGGOT AND BLACK WIDOW
If only he could see
How special you can be
If he only knew the you that we know

CORPSE BRIDE
If I touch a burning candle I can feel no pain
If you cut me with a knife it's still the same
And I know her heart is beating
And I know that I am dead
Yet the pain here that I feel
Try and tell me it's not real
For it seems that I still have a tear to shed

MAGGOT
The sure redeeming feature
From that little creature
Is that she's alive

BLACK WIDOW
Overrated

MAGGOT
Overblown

BLACK WIDOW
Everybody know that's just a temporary state
Which is cured very quickly when we meet our fate

MAGGOT
Who cares?

BLACK WIDOW
Unimportant

MAGGOT
Overrated

BLACK WIDOW
Overblown

MAGGOT AND BLACK WIDOW
If only he could see
How special you can be
If he only knew the you that we know

CORPSE BRIDE
If I touch a burning candle I can feel no pain
In the ice or in the sun it's all the same
Yet I feel my heart is aching
Though it doesn't beat it's breaking
And the pain here that I feel
Try and tell me it's not real
I know that I am dead
Yet it seems that I still have some tears to shed

segunda-feira, 22 de maio de 2006

insónia

É tarde. Deito-me. Apago a luz e fico a olhar para a estrelinha que tenho à cabeceira. Chamo o sono. Ele não vem... Dou voltas na cama, falo com o travesseiro, conto-lhe como foi o meu dia, oiço os conselhos que ele me dá. A música de fundo toca. E eu ainda de olho bem aberto. Acendo a luz novamente e pego num livro. Às vezes resulta e o sono vem pouco depois. Que desespero. Por fim, o cansaço vence. Adormeço. Mas eis que os vizinhos de cima decidiram começar a andar de um lado para o outro da casa. Calma! Eles vão parar... Novamente silêncio, mas despertei outra vez. Mais uma conversa com o travesseiro. Oiço as histórias do antigamente: rato do campo e rato da cidade, a do "se a corda não parte ou o nó não desata, vou parar a casa do dono da vaca." Esgotaram-se as histórias. Agora é a minha vez de inventar, de pensar no que vou fazer no dia seguinte, de ter ideiais novas. Tudo menos dormir. Oiço mais um bocadinho de música, e por fim, lá adormeço... sonho... desperto novamente... adormeço... É uma noite como as outras, impossível de ter um sono seguido. Depois, quando parece que finalmente consigo dormir como deve ser... plim! o despertador toca. Hora de levantar e de enfrentar mais um dia ;)

domingo, 21 de maio de 2006

viajar

Ir. Voltar. Não estar quieta num sítio. Conhecer novas culturas! Avião. Museus. Curiosidades. Surpresas. Coisas que nunca pensei que existissem. Recuerdos para a família... Comboio. O tempo não pára. E há tanto para ver. Liberdade. Autocarro. Coisas inesperadas. Mapas. Línguas desconhecidas. Perto. Bicicleta. Longe. Onde estamos? Sozinhos. Carro. Acompanhados. Animais que nunca tínhamos visto. Mil baratas gigantes! A pé. Banho relaxante. Comida estranha nunca antes provada. Barco. Rios. Montanhas. Lagos. Monstros. Blienschwiller, Strasbourg. Ligne Maginot. Querer patinar e não ter patins. Não perceber nada do que as outras pessoas dizem. Fogo de artifício. Alemanha. Europa Park!!!! Madeira. Flores lindas. Piscina. Faltar às aulas. Açores. Furnas. Piscina do Pico. Jaquinzinhos. Licor de amora. Museu da baleia. Peter. Farol. Fotografia. Mar. Vacas. Tunísia. Primeiro contacto com povo árabe. Bereberes. Areia. Deserto. Calor. Cavernas dos trogloditas. Guerra das Estrelas. Azulejos. Autocarro avariado. Andar de camelo. Itália. Deuses romanos. Coliseu. Leonardo. Capela Sistina. Michelangelo. Pisa. Morano. Gôndolas. Praça São Marcos. Basílica de São Pedro. Ponte dos supiros. Trânsito caótico. Vesúvio. Sofrimento. Frescos. Assis. São Francisco. Obras de recuperação. Sismos. Pizza. Moeda na Fontana di Trevi para lá voltar novamente. Madrid. Prado. Picasso. Miró! Velàsquez. Guernica. Egipto. Hatshepsut. Rá. Tutankamon. Novamente deserto. Nilo. Hieroglifos. Piscina. Essências. Mais camelos. Chá preto ou de maçã? Camaleão. Areia. Hotel onde "esteve" hospedado Hercule Poirot. Cobras. Sol. Assuão. Abu Simbel. Templos. Fórmulas matemáticas antigas. Escravatura. Escribas. Hierarquia. Levantar cedo. Descansar. Tempo para ler. Esfinge. Pirâmide em degraus de Sakara. Planalto de Gizé. Quéops, Quefrén e Miquerinos. Cidade dos mortos. Vida eterna. Pena. Olho de Hórus. Vasos canópicos. Múmias. Tumbas. Escavações. Mistérios. Turquia. Europa. Constantinopola. Rolo de carne. Ásia. Mercado das especiarias. Chaminés das fadas. Pamucalé. Chinelos. Kemal Ataturk. Iogurte. Barcelona. Gaudi. Parque Güel. Conto de fadas. Casa Milá. Museu Picasso. Azul. Rosa. Ensaio das "Meninas de Velásquez". Esqueleto. Marrocos. Páscoa. Casa Blanca. Mesquita sobre o mar. Chão aquecido. Tomar banho com uma barata a espreitar pela janela. Gato com um olho de cada cor. Medina de Fez. Cobra-cachecol. Dentaduras em cima duma mesa à escolha. Macaco. Amostras de camelos. Paris. Louvre. Bateau-mouche. Metro. Mona Lisa. Tour Eiffel. Charles de Gaulle. Arc du Triumph. Champs Elisées. Mini. Pompidou. Primos. Notre Dame. Momartre. Pincés. Aguarelas. Óleos. Pastéis. Bélgica. Monarquia. Bruxelas. Estátua. Holanda. Moinhos. Bicicletas. Vermelho. Cofee shop. Liberdade. Coelhos-corta-relva. Verde. Diques. Nível do mar. Köln. Catedral. Água de colónia. Gigante. Dormida. Luxemburgo. Novamente. Primeira língua que oiço é português. Asneiras. Acabou-se o tempo. França. Uma semana num barco. Patos. Cassoulet. Acordar. Limpar. Marcha atrás. PUM! Comportas. Cordas. Sobe. Desce. Água suja. Carcassone. Castelo Medieval. Festa. Marisco. Leite creme. Gato fedorento. Lanterna. Filmes. Trivial Pursuit. Escócia, Inglaterra. Trânsito ao contrário. Glasgow. Indústria. Calor é relativo. Tatoo. Truta. Inverness. Estação de Comboio de um filme. Árvore enorme. Clãs. Tronco de madeira esculpido. Pé. Eagle Stone. Ponte. Nessie. Azul do céu. Azul dos lagos. Azul do mar. Jardins sem fim. Um ratito curioso espreita entre as plantas. Piscina. Jacuzzi. Sauna. Edimburgo. Castelo. Fogo de artifício. Multidões. Loja só com coisas de Natal. Cão Bobby. Fidelidade. Festival. Wiskey. Fronteira. Inglaterra! Chuva. Vento. Fotografia. Durham. Estátua. Catedral. Água. Repuchos. Londres. Aproveitar o tempo. London by Night. British Museum. Big Ben. Downing Street. Tower Bridge. Westminster Abey. Pub. Cricket. Jola grande com uma amiga. Nelson. Madame Toussaud's. Cera. Táxi. Metro. Portugal. No fim, o destino é sempre este. Lar doce lar! :D

domingo, 14 de maio de 2006

anjinhos

Anjo da guarda,
Minha companhia,
Guarda a minha alma
De noite e de dia

Neste momento, posso dizer que sou uma pessoa com sorte. Tenho três anjinhos a olharem por mim lá em cima. Muito do que sou também a eles devo e a tudo o que me ensinaram. Nunca os esquecerei!

quinta-feira, 11 de maio de 2006

início

Após ter mostrado os seus dotes na guitarra e um "eu volto!", partiu.

segunda-feira, 8 de maio de 2006

traumas de guerra

Alameda. Desço as escadas. Já lá está o metro. Mas... está cheio, não há lugar nem para mais uma pessoa. Deixo-o ir. Espero pelo próximo. Só mais dois minutos. De repente oiço:

- O Salazar já morreu.

Resposta:

- O país agora está uma m*rda. E a culpa é dos pais que não sabem educar os filhos.

Isto alto e bom som. Houve mais troca de palavras, mas o cérebro não conseguiu registá-las todas. Chega o novo metro. Os ânimos acalmam. Entro. Novamente, está cheio. Lá tenho que ir em pé. Procuro onde me agarrar. Detecto um certo cheiro a álcool. Olho para o meu lado esquerdo. Sim, está lá o primeiro indivíduo. Calma. Respiro fundo. Não há-de ser nada. Olaias. Bela Vista.

- Haviam de pôr aqui uma bomba e rebentar com isto tudo.

Pausa.

- Os pretos, a culpa é toda dos pretos. Mas porque é que Deus não os mata a todos!? Seis anos. De Sol a Sol! Era acabar com eles todos!

Aqui o tal senhor começa a gesticular. Não que isso normalmente me incomode. Mas assim tão perto, não obrigada! Chelas. Ele lá continua no seu monólogo. Cada vez me encolho mais. Olivais. Boa, vou sair aqui. Saio. Subo as escadas. E agora? Queria mesmo ir ao Vasco... Desço pelas outras escadas. Um minuto para chegar o próximo metro. Olho em frente. Lá está ele outra vez. Mas desta vez, vou bem longe! Metro. Entro quase na última carruagem. Ele na primeira. Cabo Ruivo. O senhor lá continua a mostrar a sua revolta. Oriente. Saio. Vou à minha vida.

Agora reflectindo: não sei o que é passar por uma guerra, nem os traumas que daí podem vir. Será que foi assim tão necessário? Pensaram nas consequências para muitas das pessoas que para lá foram? De certeza que aquele senhor não diz mal dos "pretos" só porque um dia, numa ocasião insignificante decidiu embirrar com eles. Nem mesmo o álcool que ele possa ter bebido o justifica. Há ali muito mais. Tempos que felizmente muitos de nós não vivemos. E espero que nem viveremos!

domingo, 7 de maio de 2006

números

Local: Gare do Oriente
Hora: 12h15 (aproximadamente)

E eis que uma voz feminina diz:

- A próxima composição a dar entrada na linha número um é o Inter Regional procedente de Lisboa- Santa Apolónia com destino a Castelo Branco efectua paragens em Vila Franca de Xira Santarém Entroncamento Santa Margarida Tramagal Abrantes Alferrarede Mouricas-apeadeiro Alvega-Ortiga Belver Barca da Amieira Fratel Ródão Sarnadas Retaxo na estação de Castelo Branco dá ligação à Covilhã na estação da Covilhã dá ligação à Guarda via Beira Baixa a próxima composição a dar entrada na linha número um é o Inter Regional procedente de Lisboa-Santa Apolónia com destino a Castelo Branco efectua paragens em Vila Franca de Xira Santarém Entroncamento Santa Margarida Tramagal Abrantes Alferrarede (finalmente pausa para respirar! e das grandes... eheheheh) Mouricas-apeadeiro Alvega-Ortiga Belver Barca da Amieira Fratel Ródão Sarnadas Retaxo na estação de Castelo Branco dá ligação à Covilhã na estação da Covilhã dá ligação à Guarda via Beira Baixa vai dar entrada na linha número um o Inter Regional procedente de Lisboa-Santa Apolónia com destino a Castelo Branco.

E parou! Desligou o micro. Não vi, mas devia estar roxa de tanto conter a respiração. Esperou uns momentos. Ligou o micro. E disse novamente:

- A próxima composição a dar entrada na linha número sete é o comboio Urbano procedente de Alverca com destino a Sintra-Meleças vai dar entrada na linha número sete o comboio Urbano com destino a Sintra-Meleças.

Fim. Fui-me embora. Não consigo deixar de pensar na pobre senhora. É preciso ter um fôlego do caraças para se conseguir dizer tanta palavra seguida. Enfim, a vida é dura... e curta! Só não percebo é porque é que entre tantas linhas, mais precisamente oito, uma das que tinha logo que ser falada foi a sete... Deus castiga, ah poizé!

sábado, 6 de maio de 2006

Noite estranha

Horas... Que horas são? Bolas, estou atrasada! Atiro as coisas pa dentro da mala. Saio de casa a correr. Tou em baixo de forma. Paro a meio da subida. Passo rápido. Paragem à vista! Espero. Onde está o autocarro? Desespero. Fico impaciente. Tenho que me entreter com alguma coisa. Começo a cantar. Argh, não estou no tom. Paro. Recomeço. Agora sim. O tempo assim custa menos a passar. Olho para trás. Ups, está ali gente. Calo-me. Coro. Coro muito, como de costume. Ufff, o autocarro vem aí. Entro. Sento-me. A viagem nunca mais acaba. Cais do Sodré, finalmente. Espero novamente. Onde está o eléctrico? Nunca mais vem. Café. Um olho no burro, outro no cigano. Eléctrico continua a não vir. Café acaba. Fila. Eléctrico! Nãããooo, está cheio! Continuo a esperar. Autocarro. Entro. Será que vai para onde eu quero ir? Pergunto. Sim! Não há lugares sentados. Vou em pé. Não conheço a zona. Vou sempre a olhar para a rua. Ah, o padrão! Saio. E agora? As árvores são altas, já não o vejo. Vou em direcção ao Tejo. Novo obstáculo. Como passar para o outro lado da linha de comboio? Continuo a andar. Mando sms. Há uma passagem aérea mais para trás. Respondem-me a dizer isso. Mas tenho que andar muito. Olho para o lado. O que é aquilo? Uma passagem subterrânea. Atravesso. E agora, onde é que eles estão? Esquerda? Direita? Esquerda! Olho à minha volta. Ali! "Boa noite." O fogo de artifício começa. Está muito longe. Andamos em direcção a ele. Andamos mais. Paramos. Sentamo-nos à beira rio. Ainda está longe, mas é menos mau. Conversa. Fogo acaba. Voltamos para trás. Esplanada. Tá uma noite boa. Menu. Preços não são nada convidativos. Um dia não são dias! Venha a bela da jola. Bebo. Não é da marca que gosto. Paciência, não se pode estragar. Palheta. Bebo. Mais palheta. Acabo de beber. Ficamos mais um bocado. Vamos embora. Pagar primeiro. Novamente na rua. Passagem subterrânea. Eles chegam ao carro. Vou para a paragem de autocarro. Espero. Mais? O resto é segredo. Só sei uma coisa: a lua estava linda! Ai, mas será que eu não aprendo?