sábado, 6 de maio de 2006

Noite estranha

Horas... Que horas são? Bolas, estou atrasada! Atiro as coisas pa dentro da mala. Saio de casa a correr. Tou em baixo de forma. Paro a meio da subida. Passo rápido. Paragem à vista! Espero. Onde está o autocarro? Desespero. Fico impaciente. Tenho que me entreter com alguma coisa. Começo a cantar. Argh, não estou no tom. Paro. Recomeço. Agora sim. O tempo assim custa menos a passar. Olho para trás. Ups, está ali gente. Calo-me. Coro. Coro muito, como de costume. Ufff, o autocarro vem aí. Entro. Sento-me. A viagem nunca mais acaba. Cais do Sodré, finalmente. Espero novamente. Onde está o eléctrico? Nunca mais vem. Café. Um olho no burro, outro no cigano. Eléctrico continua a não vir. Café acaba. Fila. Eléctrico! Nãããooo, está cheio! Continuo a esperar. Autocarro. Entro. Será que vai para onde eu quero ir? Pergunto. Sim! Não há lugares sentados. Vou em pé. Não conheço a zona. Vou sempre a olhar para a rua. Ah, o padrão! Saio. E agora? As árvores são altas, já não o vejo. Vou em direcção ao Tejo. Novo obstáculo. Como passar para o outro lado da linha de comboio? Continuo a andar. Mando sms. Há uma passagem aérea mais para trás. Respondem-me a dizer isso. Mas tenho que andar muito. Olho para o lado. O que é aquilo? Uma passagem subterrânea. Atravesso. E agora, onde é que eles estão? Esquerda? Direita? Esquerda! Olho à minha volta. Ali! "Boa noite." O fogo de artifício começa. Está muito longe. Andamos em direcção a ele. Andamos mais. Paramos. Sentamo-nos à beira rio. Ainda está longe, mas é menos mau. Conversa. Fogo acaba. Voltamos para trás. Esplanada. Tá uma noite boa. Menu. Preços não são nada convidativos. Um dia não são dias! Venha a bela da jola. Bebo. Não é da marca que gosto. Paciência, não se pode estragar. Palheta. Bebo. Mais palheta. Acabo de beber. Ficamos mais um bocado. Vamos embora. Pagar primeiro. Novamente na rua. Passagem subterrânea. Eles chegam ao carro. Vou para a paragem de autocarro. Espero. Mais? O resto é segredo. Só sei uma coisa: a lua estava linda! Ai, mas será que eu não aprendo?

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